🛢Petrosix: entidades pedem investigação na CVM e no TCU
🏴☠️ Caso de pirataria industrial que envolve pai da juíza Gabriela Hardt foi revelado aqui
“A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro) vai entrar com ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguar irregularidades na venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul, no Paraná, relativas à pirataria industrial em negócios envolvendo a tecnologia Petrosix” diz uma nota divulgada há poucos minutos.
O caso foi revelado na semana passa aqui em A Grande Guerra e no ICL Notícias e envolve uma trama que tem como um dos personagens centrais o pai da juíza que atuou na Lava Jato, Gabriela Hardt. 👇👇👇
Segue a nota: “As medidas da Anapetro se somam à ação judicial impetrada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) com base em denúncias de favorecimento à empreiteira Engevix e à Irati Energy, subsidiária do grupo canadense Forbes & Manhattan, que comprou a SIX, em novembro do ano passado, por US$ 41,6 milhões, valor pouco superior ao lucro anual da unidade.
Irregularidades na privatização da SIX foram apontadas na semana passada em reportagem do jornalista Leandro Demori, e estão sob investigação interna da Petrobrás, determinada pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates. A Fup acompanha as apurações.
Além disso, a Anapetro aguarda para a próxima quarta-feira, 12, respostas da Petrobrás sobre questões específicas da venda da unidade, encaminhadas pela entidade por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
“As denúncias são muito graves e confirmam que a venda da SIX para a empresa canadense Forbes & Manhattan Resources Inc é mais um crime cometido contra o patrimônio nacional”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. Ele se refere ao relatório elaborado pela Petrobrás sobre o caso, revelado por Demori, onde a estatal recomenda que não fossem feitos contratos futuros com o banco Forbes & Manhattan, uma vez que a Petrobrás concluiu que o banco fez uso indevido de informações sigilosas, por meio da atuação de ex-funcionários da empresa.
Bacelar destaca que “a luta contra a privatização da SIX não terminou, pelo contrário. Existem ações judiciais em tramitação e denúncias junto à CVM e TCU por conta de privilégios que a F&M obteve na aquisição da unidade e do prejuízo que essa transação representa ao erário.
A Petrobrás não realizou a auditoria ambiental compulsória; a modelagem de venda foi irregular, pois a SIX não é um ativo de exploração e produção, mas uma concessão, por este motivo a venda não estaria de acordo com o decreto municipal número 9355; a unidade foi vendida por valor abaixo do preço de mercado, gerando prejuízo aos próprios acionistas da Petrobrás.
O presidente da Anapetro, Mario Dal Zot, destaca que a SIX foi vendida por US$ 41,6 milhões, aproximadamente R$ 210 milhões na cotação atual. O valor é pouco superior ao lucro registrado pela SIX no último ano (cerca de R$ 200 milhões). “Além disso, o preço de venda foi menos da metade do que a SIX desembolsou, no acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para sanar as dívidas relativas ao não recolhimento de royalties sobre as atividades de lavra do xisto durante o período entre 2002 e 2012 (R$ 540 milhões)”, afirma ele.”